Notas Verdes, com Óleo Essencial de Tagete
O tagete original (Tagetes erecta) vem da África do Norte, embora haja rumores de que sua origem esteja na América Central. Conhecido por malmequer francês, trata-se de uma erva com folhas finas e muito divididas, como plumas, onde ao redor delas há pequenas flores de tonalidade alaranjado-clara. Seu óleo essencial, obtido por destilação a vapor após o estágio completo de floração, é produzido principalmente no Sul Africano, França, Argentina e Egito – enquanto que o absoluto, extraído por solvente, é produzido na Nigéria e França. O óleo é um líquido laranja-escuro ou amarelado que se solidifica lentamente com a exposição ao ar e à luz. Possui uma massa semi-líquida laranja, oliva ou marrom, com intenso odor verde-floral, por vezes amargo. Constituído fundamentalmente de tagetonas, ocimeno, mirceno, linalol, limoneno, pineno, citral e canfeno, pertence à família olfativa das “Notas Verdes” que incorporam a formulação de diversos perfumes, como: Valentino classique (1978), de Valentino, Pleasures (1995), de Estée Lauder, BLACK XS (2005), de Paco Rabanne, Womanity (2010), de Thierry Mugler, Jimmy Choo (2010), de Jimmy Choo entre outros.
Valentino classique (1978), de Valentino
Valentino classique combina dois mundos: uma feminilidade encarnada por um tema floral rico misturada à uma doce sensualidade interpretada por aromas amadeirados verdes e transparentes. A saída desse perfume é luminosa, alegre e otimista graças às notas frescas e cintilantes do limão da Itália e do suculento pêssego da Provença, associados com um aroma verde. Em seguida, desabrocha um coração floral rico em jasmim e rosa de Grasse suavizados por notas florais transparentes e delicadas e um aroma exclusivo de melão. Por fim, o fundo sensual de âmbar, almíscar, madeira de cedro do Marrocos e madeira de sândalo da Índia.
Pleasures (1995), de Estée Lauder
A impressão final é alegre e jovial no uso inicial do perfume, com uma essência de rosa picante (pimenta rosa). Em seguida, brilha um buquê floral verde e leve, mas profundo, de flor de lis, peônio, lilás, lírio do vale e rosa. O fundo amadeirado e almíscarado, tipicamente americano, une a opulência e o efeito aéreo com o sândalo e o patchouli. (*) no ano de seu lançamento, ele subiu ao topo dos dez melhores perfumes americanos.
BLACK XS (2005), de Paco Rabanne
Um estrutura original, extravagante, generosa e diferente. Inicialmente, ele se apresenta sob um frescor exuberante, cítrico, verde e floral. No coração, um toque açucarado de pralinê mistura-se ao charme picante do cardamomo preto e o fundo, por sua vez, é vivo e sensual, em uma overdose de madeira e de âmbar preto. Perfumista: Olivier Cresp, Firmenich.
Womanity (2010), de Thierry Mugler
Womanity é descrito como um perfume feminino universal multifacetado que se revela, inicialmente, em notas verdes e cítricas e um pouco estimulantes. Ele guarda um lugar no coração para o figo, assim como uma nota ligeiramente salgada e animal de caviar. As tonalidades aquáticas se distinguem também. No fundo, a madeira e as folhas de figueira transmitem uma impressão amadeirada, leitosa e ligeiramente solar.