Óleo Essencial de Patchouli

Óleo Essencial de Patchouli

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Óleo Essencial de Patchouli QUINARÍ

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Nome

Óleo Essencial de Patchouli / Patchouli Essential Oil / Patchouly Essential Oil

Nome científico

Pogostemon Cablin

Componente de destaque

Patchoulol e Pogostol

Descrição

Líquido amarelo escuro, por vezes marrom, com um intenso odor amadeirado.

Principais aplicações

Foi um ícone do movimento hippie nos anos 70, quando foi usado para evocar um clima de união, calor e um estilo de vida mais orgânico e relaxado. Atualmente, vem sendo empregado na fabricação de fragrâncias e perfumes (notas balsâmicas amadeiradas), bem como de cosméticos para o público masculino. Na aromaterapia, tem sido utilizado no tratamento da ansiedade, depressão, estresse, cansaço mental e como afrodisíaco.

Escrito por Wagner Azambuja
Curso de Aromaterapia

patchouli

O patchouli (Pogostemon cablin), pertencente à família Lamiaceae, é nativo das ilhas das Filipinas. Suas folhas possuem de 5 a 10 cm de comprimento e de 3 a 8,9 cm de largura, com margens levemente lobadas e dentes crenato-serrados. No Brasil, apresenta florescimento eventual, com flores esbranquiçadas de tonalidade avermelhada, que se desenvolvem em espigas axilares e apicais. Prefere climas quentes, com distribuição regular da precipitação pluviométrica, não sendo tolerante a geadas. É facilmente propagado por estaquias, em especial das regiões apicais e medianas dos ramos, cujo espaçamento recomendado é de 1 x 1 metro. Quanto à colheita, esta pode ser feita de 6 a 12 meses após o plantio, mas sempre a uma altura de 20 cm do solo em virtude do rebrote demasiadamente lento desta espécie.

“A colheita do patchouli deve ser feita preferencialmente no início da manhã ou no final da tarde, períodos nos quais há maior concentração de óleo essencial.”

Óleo Essencial de patchouli

No patchouli, a maior parte do óleo essencial (mais de 70%) está contido em células especializadas internas. Por esta razão, costuma-se fazer a secagem das folhas (à sombra) antes da destilação, procedimento que torna as membranas celulares mais permeáveis e facilita o acesso às bolsas de óleo. Aliás, estudos afirmam que os maiores rendimentos em óleo ocorre após 10 dias de secagem, quando o tecido foliar atinge aproximadamente 18% de umidade. Quanto à qualidade, existe aí um entrave, pois, sabe-se que o tempo de extração afeta significativamente a composição do óleo de patchouli. Isto explica o fato de que certos mercados optam por óleos obtidos após um longo processo de extração, superior, inclusive, a 24 horas – afinal, está provado que incrementos no tempo aumentam as porcentagens relativas de beta-guaieno, beta-patchouleno, alfa-selineno, cariofileno, alfa-patchouleno e gamapatchouleno. Em contrapartida, sabe-se que o mesmo incremento reduz o teor de pogostol, um elemento chave para vários outros mercados. Ou seja, o melhor óleo de patchouli para um determinado mercado pode não servir para outro, e vice-versa. Além disto, obviamente, fatores como a qualidade do material foliar, método de extração, envelhecimento das folhas, idade das plantas e práticas de cultivo também irão influenciar na sua composição qualitativa e quantitativa.

óleo essencial de patchouli está fortemente associado com o movimento “hippie” dos anos 70, o baby boom, quando foi usado para evocar um clima de união, calor e um estilo de vida mais orgânico e relaxado. Demonstra um suave e confortante efeito sedativo, ao mesmo tempo em que inspira capacidade e segurança, o que muito útil em casos de ansiedade, depressão, estresse e cansaço mental; sendo muito indicado na aromaterapia para estes fins. No geral, é constituído principalmente por terpenos, sendo os sesquiterpenos os mais freqüentes. Seu constituinte principal é o patchoulol, um elemento que, em conjunto com o alfa-patchouleno, determina o seu clássico aroma amadeirado. Os perfumistas, inclusive, afirmam que o óleo ideal é aquele cuja nota amadeirada já se mistura com um fundo frutífero e picante. Ainda sobre a sua composição, de acordo com a ISO 3757:2002, o óleo de patchouli deve apresentar: patchoulol (27 a 35%), bulneseno (13 a 21%), alfa-guaieno (11 a 16%), beta-cariofileno (2 a 5%), beta-patchouleno (1,8 a 3,5%), gama-patchouleno (1,8 a 3,5%), nor-patchoulenol (0,35 a 1%), pogostol (1 a 2,5%) e copaeno (traços a 1%). Neste sentido, óleos provenientes da Indonésia possuem em média 35% de patchoulol. Já os óleos obtidos aqui no Brasil, a média é um pouco maior, chegando a apresentar até 60% deste constituinte.

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Curso de Óleos Essenciais e Aromaterapia

O patchoulol contribui diretamente para o aroma do óleo essencial de patchouli,
porém, no seu mais alto grau de pureza é praticamente inodoro.

CURIOSIDADE

Há quase um século, um fato mudou o conceito sobre o aroma do óleo essencial de patchouli. Por volta da década de 60, em razão das oscilações de preço do patchouli cultivado na Índia, uma renomada indústria de fragrâncias francesa tomou uma atitude inusitada na época. Com o intuito de reduzir custos, ela optou por importar containers contendo fardos de folhas de Pogostemon cablin para destilá-las na própria França. Afinal, até então, para eles seria mais barato importar as folhas para a posterior destilação do que adquirir o óleo bruto indiano. Quando o navio aportou na França, após cerca de 30 dias de viagem com a primeira carga, todos levaram um susto ao abrirem os containers, pois toda a carga estava mofada. No entanto, já que a indústria havia gasto um bom dinheiro com a compra e o transporte, à título de teste, ainda assim resolveram colocar as folhas no destilador. Resultado: dali saiu o melhor óleo de patchouli já produzido até aqueles dias. Descobriu-se, então, que as notas mais encorpadas do perfume do patchouli são enriquecidas através de um lento processo de oxidação de alguns de seus constituintes, que é acelerado pela fermentação de suas folhas. Há, contudo, um ponto limite para este processo. Caso ultrapassado, as folhas apodrecem e geram um óleo ruim. Após esta descoberta, algumas indústrias de perfumaria passaram a estocar o óleo essencial de patchouli em tambores por vários anos, de forma semelhante ao que ocorre com o whisky, pois se observou que este mesmo processo de oxidação também acontece com óleo; sem o risco do apodrecimento das folhas. Atualmente, o óleo de patchouli envelhecido, com altos teores de patchoulol e alfa-patchouleno, possui um elevado valor de mercado em razão de que só ele é capaz de oferecer uma nota amadeirada encorpada com toques frutíferos e picantes ao fundo.

APLICAÇÕES

Na aromaterapia, o óleo essencial de patchouli é bastante utilizado por conta de suas propriedades antissépticas, sedativas, descongestionantes e regeneradora de tecidos (cicatrizante). No entanto, estudos recentes mostram que este óleo vai muito além. De acordo com Hsu (2006), em “Alpha-bulnesene, a novel PAF receptor antagonist isolated from Pogostemon cablin“, o óleo de patchouli, por conta da presença do alfa-bulneseno na sua composição, funciona como um antiagregante plaquetário. Ou seja, tal como o ácido acetilsalicílico, ele ajuda a prevenir a formação de trombos (trombose) – a coagulação do sangue no interior dos vasos sanguíneos que pode levar a um AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou a uma embolia pulmonar. Por outro lado, pessoas com deficiências no processo de coagulação, como os hemofílicos, devem tomar cuidado quando da sua utilização. Também, o óleo de patchouli demonstra uma moderada ação antioxidante, afinal, é capaz de reagir com radicais DPPH (que são radicais livres) e torna-los estáveis, antes que eles causem danos ao DNA celular humano. Além disto, é um exímio afrodisíaco, pois, além de sua fragrância amadeirada masculina, sabe-se que alguns de seus elementos colaboram para o bom funcionamento do sistema endócrino humano. É muito comum, por exemplo, a sua aplicação por homens em peças de couro (jaquetas, pulseiras de relógio, etc.) com o objetivo de atrair o sexo oposto. Falando em fragrâncias, trata-se de um dos óleos mais empregados na indústria de perfumaria, pois, seu aroma balsâmico amadeirado, contribui com perfeição para a construção das notas básicas (de fundo) de diversos perfumes. Estima-se, inclusive, que 1/3 de todos os perfumes fabricados contêm este óleo em suas formulações, a exemplo do Azzaro pour Homme (1978), de Azzaro, no Coach for Men (2009), de Coach, no Patchouli Impérial (2011), de Dior e no Cashmere & Patchouli (2011), de Hugo Boss. Nos perfumes femininos, ele é frequentemente combinado com rosas, flores brancas, cítricos e baunilha. Ainda, o óleo de patchouli tem mercado garantido na fabricação de cosméticos em geral, sabonetes, cremes, pós-barba, etc.

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Produto: Óleo Essencial de Patchouli
Marca: QUINARÍ
Registro na ANVISA: 25351.183191/2017-71

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