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Miristicina
A miristicina (myristicin), ou metoxi-safrol, CAS Number 607-91-0, é uma substância líquida pouco solúvel na água, mas solúvel em etanol e acetona, naturalmente encontrada nos óleos essenciais de noz-moscada (Myristica fragans), casca de anta (Drimys angustifolia), salsa (Petroselinum crispum), pimenta longa (Piper hispidinervum) e outros. Análoga ao safrol e ao dilapiol, trata-se de um fenilpropanóide trioxigenado que apresenta um grupo metilenodióxi e um grupo metoxila ligados ao anel aromático, com ponto de ebulição em 276,5º C, densidade de 1.1437 g/cm3 – portanto mais pesada que a água – e massa molar de 192.211 g/mol.
“A partir da hidrólise da miristicina obtém-se o ácido mirístico (ácido tetradecanóico), uma gordura comumente utilizada como substituta da manteiga de cacau.”
Aplicações
Isolada pela primeira vez em 1903, a partir da noz-moscada, a miristicina age como um inibidor não seletivo da MAO. As MAOs (monoamina oxidase) são enzimas que quebram e, por consequência, inativam alguns neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina – moléculas que estão diretamente relacionadas com o bem-estar e o prazer. Com isto, ao inibir a ação da MAO, a miristicina permite que estas moléculas (serotonina e a dopamina) permaneçam ativas na fenda sináptica, trazendo ao indivíduo sensações de bem-estar, felicidade e de confiança. Isto é muito importante no tratamento de doenças como parkinson e depressão. Também, a miristicina demonstra ter um efeito indutor da enzima glutationa-s-transferase, envolvida na síntese de glutationa, um dos antioxidantes mais importantes para o organismo humano. Por isto, trata-se de uma legítima hepatoprotetora. Aliás, no fígado, pesquisas demonstram que a miristicina é capaz de inibir a carcinogênese induzida pela aflatoxina B1 (AFB1), o principal metabólito produzido por fungos do gênero Aspergillus. A aflatoxina B1 está epidemiologicamente associada à alta incidência de câncer hepático, a qual manifesta seus efeitos tóxicos após conversão hepática em AFB1-epóxido – sendo responsável por múltiplos casos fatais, anualmente. Todavia, a miristicina sempre foi alvo de muita discussão no meio científico, afinal, ela é transformada em um tipo de anfetamina no organismo humano, o que faz dela uma substância muito peculiar. Em altas concentrações, por exemplo, ela pode agir de maneira semelhante ao ecstasy, uma perigosa droga psicoestimulante capaz de provocar ataques de excitação, alucinações visuais, distorções de cores, fuga da realidade e despersonalização. Por fim, convém gizar que a miristicina faz parte do nosso cotidiano, afinal, o óleo essencial de noz-moscada é empregado em uma grande variedade de produtos, de alimentos e bebidas, como aromatizante, à perfumes, como agente modificador de notas picantes.
A miristicina demonstra ter um efeito indutor da enzima glutationa-s-transferase, envolvida na síntese de glutationa, um dos antioxidantes mais importantes para o organismo humano. Por isto, trata-se de uma legítima hepatoprotetora.
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