Cosméticos Veganos

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Veganismo

Estilo de vida que procura excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade com o animais, seja para alimentação, vestuário ou qualquer outra finalidade. Por esta razão, o veganismo recusa a ingestão de produtos como carnes, leite, ovos e mel e o uso de qualquer produto que seja desenvolvido a partir da exploração de animais.

Cosméticos Veganos

Não são testados em animais e não contêm matérias primas de origem animal – como mel, leite ou lanolina, que são comumente encontradas em produtos naturais.

Cosmético Vegano NÃO Pode Conter

Carmino (**Carmin, carmine ou Cl 75470): é produzido a partir de insetos, e é utilizado para a promoção de pigmentação vermelha.
Glycerin (**Glicerina): pode ser de origem animal (vindo da gordura de animais) ou de origem vegetal, e as empresas devem ser questionadas para se verificar a origem.
Lanolin (**Lanolina): retirada do sebo da lã de ovelhas. Utilizada normalmente em cremes hidratantes.
Ácido caprílico (** Caprylic Acid): ácido retirado do leite de vaca ou cabra.
Colágeno (**Collagen): proteína encontrada nos tecidos animais.
**Os nomes em parênteses, representam de quais outras maneiras estas matérias primas podem aparecer nos rótulos.

Escrito por Wagner Azambuja
Curso de Aromaterapia

Veganismo

A busca por um estilo de vida mais saudável e sustentável vem influenciando o comportamento e as escolhas de consumo das pessoas por todo o planeta. Dentre estes hábitos, o veganismo vem ocupando um papel de destaque, afinal, seu número de adeptos cresce a cada ano e isto tem movimentado toda uma cadeia de indústrias de diferentes segmentos, como de alimentos, cosméticos, vestuários, etc. Nos últimos anos, mais de 3% dos norte-americanos e 2% da população do Reino Unido declaram-se veganos e, de acordo com um estudo realizado pela Market Research Future (MRF), a indústria mundial de cosméticos veganos terá uma taxa de crescimento anual de 6,1% até 2023. No Brasil, embora o número de veganos esteja em plena expansão, a indústria ainda engatinha, oferecendo para este público um portfólio ainda muito pequeno de produtos e serviços.

“O dia 1º de Novembro é considerado o Dia Mundial Vegano, World Vegan Day, que é comemorado desde 1994, quando a Vegan Society da Inglaterra comemorou 50 anos de criação.”

O termo inglês “vegan” foi criado em 1944 e trata-se de uma corruptela da palavra “vegetarian“, em que se consideram as três primeiras letras e as duas últimas para formar a palavra “vegan”. Em português, por consequência, as três primeiras e as três últimas letras de “vegetariano” são consideradas na formação do termo “vegano” (por definição, adepto do veganismo). O criador desta filosofia de vida, Donald Watson, definiu o veganismo como um estilo de vida que procura excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade com o animais, seja para alimentação, vestuário ou qualquer outra finalidade. Por esta razão, o veganismo recusa a ingestão de produtos como carnes, leite, ovos e mel e o uso de qualquer produto que seja desenvolvido a partir da exploração de animais, como roupas e artigos de couro, pele, lã e seda; adornos feitos de marfim, plumas, penas ou ossos e, obviamente, quaisquer produtos testados em animais ou cujas matérias primas tenham origem animal. O veganismo é, portanto, um conceito mais amplo do que o vegetarianismo, que exclui da alimentação o consumo de todos os tipos de carnes e seus derivados. Também há, é claro, muitos alimentos que já são naturalmente veganos, como arroz, feijão, frutas, legumes, castanhas e vários outros.

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O termo inglês “vegan” foi criado em 1944 e trata-se de uma corruptela da palavra “vegetarian“, em que se consideram as três primeiras letras e as duas últimas para formar a palavra “vegan”. Em português, por consequência, as três primeiras e as três últimas letras de “vegetariano” são consideradas na formação do termo “vegano” (por definição, adepto do veganismo).

Natural, Orgânico ou Vegano?

No dia a dia é bastante comum a confusão da população, e até da mídia “experiente”, com as definições de um produto natural, orgânico e vegano. Inclusive, algumas pessoas pensam que um produto vegano é, por consequência, natural e orgânico. Definitivamente, isto não tem qualquer relação e até pode soar engraçado para aqueles que já tem um certo conhecimento sobre o tema. Fato é que um produto natural não é, necessariamente, orgânico. Um produto natural é, na maioria das vezes, produzido de forma convencional e não obedece as diretrizes de uma certificação orgânica. Já para definir um produto orgânico, há a necessidade de se fazer uma ponte com a agricultura orgânica, que tem como princípio a produção de alimentos sem agrotóxicos, sem adubos químicos, com técnicas de manejo que possibilitam a rotação de culturas, a conservação do solo e, preferencialmente, a manutenção de todo o ecossistema (interferindo o mínimo possível na vida dos animais, insetos, etc.). Então, para um produto cosmético receber a chancela de orgânico, as suas matérias primas devem estar devidamente certificadas na agricultura orgânica, com rastreabilidade inversa e auditadas. E os veganos? Bem, para que um cosmético seja considerado vegano, ele não pode conter matérias primas de origem animal – como mel, leite ou lanolina, que são comumente encontradas em produtos naturais, nem serem testados em animais. Exemplo: veganos não consomem sabonetes feitos de glicerina animal ou maquiagens com cera de abelha. Ou seja, um cosmético 100% orgânico (nos EUA, isto está previsto em legislação) não atenderá ao público vegano caso contenha mel.

De acordo com uma pesquisa Ibope realizada em 2012, 8% da população brasileira se declara vegetariana.

Cosméticos Veganos

Conforme já exposto, a indústria de cosméticos veganos vem ocupando um papel de destaque a nível mundial, embora no Brasil a produção deste tipo de produto, bem como a atenção para este público, ainda esteja engatinhando. Atualmente, para o cliente vegano identificar um cosmético apto para o seu uso, ele precisa, fatalmente, possuir algum grau de conhecimento a respeito das matérias primas (as principais, pelo menos) que podem e as que não podem aparecer na sua formulação. Afinal, embora existam selos específicos para este tipo de produto, como o “Certified Vegan“, da Vegan Action e o “SVB Vegano“, da Sociedade Vegetariana Brasileira, eles podem ser demasiadamente caros para o empresário, que quase sempre não consegue “embutir este custo” no seu preço – ficando bastante elevado para o consumidor final. Ou seja, na tentativa de baratear o preço do produto final, muitas indústrias não incluem estes selos em suas linhas, dificultando assim a identificação deste tipo de produto para o cliente vegano. Aliás, aqui faz-se necessário uma observação: o selo “Cruelty Free“, da PETA, indica apenas que o produto não foi testado em animais. Isto não significa, portanto, que cosméticos Cruelty Free sejam veganos! Muita atenção a isto! Outro ponto importante: algumas matérias-primas, como os estearatos, podem ser derivados de um componente animal, vegetal ou sintético e a sua nomenclatura é exatamente a mesma no rótulo do produto. Nestes casos, se o cosmético não tiver um selo vegano, o ideal é verificar com o SAC do fabricante a origem destas matérias primas. Abaixo, por fim, tem-se algumas matérias primas de origem animal, comum em cosméticos, e que não devem aparecer num produto vegano:

Carmino (**Carmin, carmine ou Cl 75470): é produzido a partir de insetos, e é utilizado para a promoção de pigmentação vermelha.
Glycerin (**Glicerina): pode ser de origem animal (vindo da gordura de animais) ou de origem vegetal, e as empresas devem ser questionadas para se verificar a origem.
Lanolin (**Lanolina): retirada do sebo da lã de ovelhas. Utilizada normalmente em cremes hidratantes.
Ácido caprílico (** Caprylic Acid): ácido retirado do leite de vaca ou cabra.
Colágeno (**Collagen): proteína encontrada nos tecidos animais.

**Os nomes em parênteses, representam de quais outras maneiras estas matérias primas podem aparecer nos rótulos. Vale citar, também, que todos estes podem ser substituídos por ingredientes de origem vegetal.

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